Cuidar da limpeza dos dentes, da língua e das gengivas deve ser um hábito. Essencial para a saúde, a higiene bucal é ainda mais importante nas pessoas que necessitam de atenção permanente, como em indivíduos enfermos. E dar pouca relevância ao ato pode gerar graves consequências. A má higiene bucal ou a ausência de cuidados bucais podem ser altamente perigosas tanto para a boca quanto para o organismo como um todo. De fato, a limpeza inadequada favorece a proliferação de bactérias que causam infecções. Estas, se não tratadas por longo tempo, podem contribuir para o aparecimento de doenças em outras partes do corpo.
O que ocorre é que a grande aglomeração de bactérias pode extrapolar o ambiente bucal e migrar para outras áreas do organismo, através da corrente sanguínea. Nos locais onde se instalam, essas bactérias provocam novas infecções que causam ou complicam doenças já instaladas. É comum haver cáries em pacientes acamados, pois muitos têm regurgitações e o alimento que volta torna-se um foco de infecção. Outro problema é que pessoas nessa condição salivam muito e ficam com secreção acumulada, além de não terem uma deglutição de qualidade, o que representa uma situação de muito risco.
A higiene em indivíduos debilitados é difícil, pois, muitas vezes, existe uma resistência na abertura da boca. Por esse motivo, a família, o técnico de enfermagem ou o cuidador têm dificuldade em passar o fio dental e realizar a limpeza correta. A principal indicação para esses pacientes é a remoção de tártaro. A intervenção deve ser feita por um dentista a cada quatro meses. Além disso, é fundamental realizar uma higiene eficaz dos três lados do dente, pelo menos três vezes ao dia.