
Os tricologistas (dermatologistas especializados em cabelo) vêm observando um aumento dos casos das pessoas que se curaram do Coronavírus e, após 2 ou 3 meses, começam a perder o cabelo. O padrão de queda é conhecido pelos dermatologistas como eflúvio telógeno. Normalmente aparece de modo secundário em processos como um parto, uma operação cirúrgica ou uma doença, e se manifesta no formato de queda muito chamativa no chuveiro, travesseiro ou ao pentear. Em muito pouco tempo se perde um volume considerável de fios, mas não causa calvície definitiva. Depois, a queda para e o cabelo novo volta a crescer com normalidade.
O lado ruim é que nesse período a queda descontrolada é inevitável, pois, os cabelos já estão mortos e vão cair de qualquer maneira, ainda mais em pessoas que acabam de superar uma doença tão devastadora como a Covid-19 e podem estar emocionalmente vulneráveis. Embora a queda de cabelo afete tanto o sexo masculino quanto o feminino, são elas que mais recorrem à ajuda médica. Acredita-se que por ter o cabelo mais longo, as mechas que caem nas mulheres chamam mais atenção e, por isso, preocupam mais.
Não é casual que ocorra três meses após a doença ter passado, pois, é o tempo decorrido da morte do cabelo no folículo piloso (coincidindo com o pico da doença) até se desprender por completo. Ainda que o problema costume se resolver sozinho, podemos fazer coisas para que acabe o quanto antes. Um dos conselhos dos tricologistas é, por mais paradoxal que pareça, lavar o cabelo com frequência. Ao ensaboar, ajudamos a eliminar o cabelo que iria cair cedo ou tarde e aceleramos sua recuperação. Se continuar caindo, é bom fazer uma análise básica para descartar outras causas, como uma alteração da tireoide e uma queda de ferro no organismo.