
O diabetes tipo 2 está ligado a uma série de complicações que podem comprometer a saúde e as habilidades de autocuidado, principalmente para os pacientes idosos. Entre essas complicações está a relação direta entre a doença e danos na memória em pessoas com mais de 50 anos. É o que afirma um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo apontou uma incidência 49% maior de danos de memória entre os diabéticos já diagnosticados.
O excesso de glicose no sangue (hiperglicemia) causada pela doença provoca alterações vasculares, que com o passar do tempo acabam gerando micro lesões no córtex cerebral. Pacientes que convivem por muito tempo com o diabetes também podem formar placas nos vasos sanguíneos, o que compromete a circulação sanguínea no cérebro e causa inflamações.
Uma das estruturas cerebrais mais afetadas pela doença é o hipocampo, área responsável pelo armazenamento das memórias e relacionado com a localização espacial. Além disso, o diabetes diminui a chamada transmissão colinérgica, que também atua no processo de formação da memória. Ao ser diagnosticado, a pessoa diabética já deve ser encaminhada para um tratamento específico para controlar o avanço da doença.
Dessa forma é possível evitar que o paciente fique exposto por muito tempo a altas glicemias que podem acelerar os danos à memória.