Durante a fase de internação hospitalar e, principalmente, na reabilitação em casa, os cuidados com a alimentação influenciam a recuperação e a qualidade de vida de quem encarou o coronavírus. O longo período de restrição ao leito, combinado com baixo consumo alimentar e o quadro inflamatório, promovem desnutrição. Muitos pacientes voltam para casa desnutridos e com perda de massa muscular.
Deve-se aumentar a ingestão de proteínas, que precisam ser calculadas de acordo com as necessidades individuais e inseridas em um plano alimentar. As principais fontes proteicas estão nas carnes, ovos, laticínios e leguminosas. No caso de não atingir o aporte protéico mínimo, suplementos podem ser indicados, mas somente com prescrição médica.
O consumo de alimentos ricos em polifenois, como as frutas vermelhas e chocolate amargo, e que tenham ativos vasculotônicos, como as pimentas, especiarias, gengibre e canela, também são importantes. Pois, ajudam na recuperação do paladar e do olfato. Para os doentes com dificuldade de deglutição após uma intubação prolonga, é necessário modificar a consistência dos alimentos, priorizando comida em forma de purês, por exemplo.