A vacina tem a principal função no organismo humano de estimular o sistema imunológico a gerar respostas contra determinado patógeno – neste caso, o vírus SARS-CoV-2. Essa ação ocorre de duas maneiras: uma se trata da produção de anticorpos neutralizantes; e a outra consiste na imunidade celular.
A imunidade celular é a que costuma se manter por mais tempo, uma vez que – após um período de tempo – a quantidade de anticorpos produzidos contra determinado agente infeccioso tende a baixar. A terceira dose, neste caso, teria como função reforçar essa produção de defesas neutralizantes na população mais vulnerável à Covid-19, que seriam os idosos.
Outro fator importante é a chamada imunossenescência. O envelhecimento traz algumas alterações imunológicas no corpo humano, as quais favorecem a perda da capacidade imunológica contra qualquer doença. Além da baixa dos anticorpos neutralizantes – algo que acontece também com os mais jovens, mesmo que em menor velocidade –, as pessoas idosas também perdem as células as quais são responsáveis por produzir essas defesas do sistema.
Em outras palavras, a dose de reforço ajuda a estimular mais as células em quantidade reduzida desse público mais velho para que elas produzam os anticorpos necessários com maior eficiência contra a doença.